Eu me chamo Antônio, e você?

 


A resenha de hoje é sobre um livro um pouco diferente do meu habitual, com várias páginas (169, na verdade), onde "Antônio" ainda não é uma personagem fixa, apenas uma base para prováveis futuros livros.
  O livro é todo composto de frases escritas no guardanapo nas noites de bebedeira da personagem, que nitidamente sofre por amor, demonstrando tudo que um dia pensamentos que ninguém entenderia.
  Suas pequenas frases têm uma moral gigantesca, formando, cada uma, uma bela poesia. O autor, Pedro Antônio Gabriel Anhorn, já publicou o segundo livro dessa pequena coleção maravilhosa.
  No livro - e acho que na página do Facebook dele - há uma descrição muito boa de quem ele é, que podemos notar bem em sua arte nos guardanapos se prestarmos atenção:

  Eu me chamo Antônio e tenho 28 anos muito bem sentidos. Nasci no coração do mundo. Mais precisamente na África. Mais exatamente em N´Djamena, a capital do Chade. Aos 12 anos cheguei ao Brasil com uma mala cheia de brinquedos e saudades. Sim, saudade no plural. Saudade de todos que deixei e conheci. Até os 13 eu não formulava uma frase correta em português. Talvez esse seja o motivo principal pelo qual comecei a prestar mais atenção nas palavras, a brincar com elas, a entendê-las. Ah, eu adoro silêncio, distância, girafas e amores impossíveis. (Confesso que prefiro as girafas!) Atualmente vivo no Rio de Janeiro, mas eu sei que existe um mundo que me espera. Eu pertenço ao que não me pertence!





O que eu mais amei: a arte sobre os papeis que, ao olho de um mal leitor, são simples e insignificantes. 

















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